Páginas

15/07/21

Panquecas de espelta



Não posso dizer que seja um post de regresso ao blog, porque sinto que não conseguirei ainda manter a regularidade de publicações que um blog requer e que eu gostaria que acontecesse. Contudo, achei importante registar aqui neste meu “livro de receitas” estas panquecas que eu sei fazer de cor, para que as pessoas que passem por aqui também possam experimentar.

Espero que gostem! Fazem-se em menos de 15 minutos e ficam sempre boas, não há como errar!

 Ingredientes:

2 chávenas de farinha de espelta
2 chávenas de bebida vegetal (eu uso quase sempre bebida de amêndoa, mas também já testei com bebida de coco e de aveia)
1 colher de chá de fermento em pó
2 ovos 2 colheres de sopa de azeite suave
2 a 3 colheres de sopa de agave ou mel
1 pitada de sal
1 colher de chá de vinagre de sidra
(a chávena usada tem capacidade 250 ml)

Preparação:

Juntar todos os ingredientes numa taça, bater vigorosamente com uma vara de arames até obter uma mistura homogénea (nem muito espessa nem muito líquida).

Aquecer bem uma frigideira antiaderente*, deitar uma porção de massa e assim que começar a formar bolhas na superfície, virar a panqueca cuidadosamente com uma espátula. Repetir o processo até esgotar a massa.

Servir as panquecas com os toppings que mais gostarem: manteiga de amendoim, iogurte, frutos vermelhos, mel, frutos secos, etc.

*se a frigideira tiver tendência para agarrar, antes de colocar a massa das panquecas, colocar um fio de azeite e pincelar ou passar com um papel absorvente, de forma a deixar todo o fundo da frigideira untado uniformemente. Normalmente uso uma placa antiaderente, apenas por ser mais rápido, permite fazer três panquecas em simultâneo.

São perfeitas para o pequeno-almoço ou lanche! Guardem e experimentem 😀 E não vale a pena pensarem que não têm tempo, fazem-se num instante e ficam igualmente ótimas feitas na véspera e aquecidas de manhã! (conservam-se no frigorífico em caixa hermética até 3 dias).

12/04/20

Mini Pavlovas com lemon curd e frutos vermelhos



De repente passaram-se alguns anos (!!) sem novos posts aqui no blog, muitas foram as mudanças na minha vida, a vida profissional, a maior necessidade de apoio para trabalhos de casa, a logística do final do dia com as atividades extra-curriculares do pequeno, etc. Com as várias coisas, o planeamento e a disponibilidade de outrora foi-se desvanecendo dando mesmo lugar à falta de motivação para cozinhar, fotografar, editar e publicar. Foram muitas as vezes que pensei que este espaço me fazia falta, mas o tempo e a falta de vontade foi adiando o regresso

Quis o isolamento que voltasse a ter tempo para fotografar, não que tenha os dias mais livres, porque o trabalho continua, mas sim porque nos fins-de-semana estamos confinados a casa e cada um tem que arranjar forma de se ocupar com algo de que gosta. Após ler este post da Marmita e de algumas mensagens trocadas com ela, fui ver as estatísticas do blog e o que é certo que é que continua a ter muitas visitas, assim como novos seguidores na página de Facebook mesmo sem novas publicações. Há cerca de duas semanas voltei a fotografar, publiquei apenas no Instagram e no Facebook por ser mais fácil, dei comigo a pensar se as pessoas continuariam ou não a visitar blogs, com tantas redes sociais e grupos de partilha, tudo parece mais rápido e instantâneo do que um blog. Conclui que podemos continuar a ter as duas coisas, eu própria tenho imensas receitas guardadas no Facebook, no Instagram, no Pinterest, mas continuo a fazer pesquisas gerais no google e nos blogs de que sou seguidora há anos. Acho ainda, que continuar com o blog, é uma espécie de livro de receitas virtual em que vou coleccionando as receitas de que mais gosto e a que regresso com frequência. 

Tendo como mote uma Páscoa tão diferente do habitual, achei que merecíamos também uma sobremesa diferente, vibrante, sofisticada e colorida. A escolha recaiu sobre estas mini pavlovas, algo que há muito que ansiava fazer mas pelo processo demorado sempre fui adiando. Sempre adorei o seu aspecto delicado e festivo. Achava que era bem mais complicado do que na realidade é, ficaram estaladiças por fora e suaves por dentro, a combinação com o lemon curd foi uma ótima escolha, contrasta na perfeição com o doce do merengue.


Mini Pavlovas com Lemon Curd
Receita adaptada de Sweet Gula e Miss Pavlova

Ingredientes
4 claras de ovo
200 gr de açúcar em pó 
1 c. (de chá) de vinagre de cidra
1 c. (de sopa) de açúcar baunilhado
1 c. (de sobremesa) de amido de milho
frutos vermelhos q.b. para decorar
Lemon Curd q.b, (usei esta receita)*

Preparação
Pré-aquecer o forno a 150ºC.
Forrar com papel vegetal um tabuleiro de forno e reservar. 
Bater as claras em castelo até que comecem a formar picos suaves, delicadamente e gradualmente adicionar a açúcar em pó e continuar a bater até as claras ficarem bem firmes e brilhantes. 
Juntar o vinagre e o açúcar baunilhado e bater mais alguns segundo apenas até incorporar. Finalmente adicionar o amido de milho e bater num velocidade baixa para envolver. 
Transferir o merengue para um saco de pasteleiro (usei um saco de plástico normal, cortado num dos cantos), cuidadosamente formar montinhos de merengue sobre o papel vegetal (ver nos destaques do Instagram as várias fases). Seguidamente, com as costas de uma colher, fazer uma ligeira cavidade no centro de cada montinho. 
Colocar o tabuleiro com o merengue no forno e baixar a temperatura para os 140ºC. Deixar cozer durante 25-30 minutos. 
Desligar o forno e deixar arrefecer completamente com a porta entreaberta. 
Quando completamente arrefecidas, rechear com lemon curd (usei uma colher de sopa bem cheia por cada uma) e decorar com frutos vermelhos a gosto.

*Quando o lemon curd fica com uma consistência um pouco líquida, para espessar, adiciono uma colher de sopa de maizena dissolvida num pouco de leite e levo novamente ao lume até começar a engrossar, retiro do lume assim que atingir o ponto estrada (qd nas costas da colher passamos o dedo e fica uma "estrada" desenhada). O lemon curd pode ser feito com antecedência e guardado no frio numa caixa hermética, para que não se forme crosta, coloco um película aderente mesmo a tocar no creme e deixo arrefecer completamente antes de colocar no frigorífico. 


Espero que gostem!♥

Seguir também em: Facebook | Pinterest | Instagram | Bloglovin

04/07/17

Pão de banana, aveia e alfarroba


Há uns meses que deixei de comer regularmente trigo, ou melhor, farinha de trigo refinada. Não faço disto uma obsessão, mas tento sempre que posso, evitar alimentos que tenham na sua composição este tipo de farinha. Ora, isto é algo que no dia-a-dia por vezes é complicado de gerir, pois a farinha de trigo está presente em grande parte dos alimentos de consumo corrente como os cereais de pequeno-almoço, bolachas, bolos e pão. Para mim, o pão é talvez o maior dos desafios, somos um país de pão, em qualquer parte que se vá, como bons portugueses que somos, há o hábito de comer pão. Pão que acompanha a refeição, pão que serve para comer com as entradas, pão para molhar no molho da comida! E quem é que não gosta? Ora, eu adoro!! Mas tenho a noção de que este tipo de farinha ingerida em excesso pode ser prejudicial para a saúde, há inúmeras opiniões, estudos e dissertações sobre o tema, vou falar-vos da minha opinião e da minha experiência, que aplicada a outras pessoas/organismos poderá não ser igual. 

O que eu sinto quando como pão ou outros alimentos que contenham de farinha de trigo branca (ou até mesmo a integral) é uma saciedade que passa muito mais depressa, ou seja, no momento fico sem fome, mas esta volta muito mais rapidamente do que quando como outros tipos de alimentos não processados ou com outras farinhas, noto que a barriga fica mais inchada e os intestinos não funcionam tão regularmente.

Para evitar de comer alimentos industrializados, sempre que posso, faço pão, bolos, bolachas e panquecas com farinhas alternativas. Uma das boas opções é substituir a farinha de trigo refinada por farinha de espelta (da família do trigo mas com um indíce glicémico mais baixo e rica em vitaminas do complexo B), de trigo serraceno, de aveia, de arroz ou de alfarroba. Nesta versão de pão de banana usei três farinhas, é possível fazer a receita com qualquer farinha, costumo alternar com as que tiver em casa, neste caso usei espelta, aveia e alfarroba.

Neste post, inicia-se também uma nova fase / desenvolvimento do blog, tal como vos falei no post anterior. A primeira novidade é que as receitas agora partilhadas irão passar a estar também disponíveis em inglês, a segunda, é que mensalmente irá existir uma receita em que será também partilhada alguma informação sobre um dos ingredientes. Neste post, vou falar-vos um pouco sobre a alfarroba, algumas pessoas já conhecem bem este fruto, mas outras não saberão que é tão bom que até substitui o cacau!

A Alfarroba

Alfarroba (do árabe al karrub, a vagem), é o fruto da alfarrobeira (Ceratonia siliqua L.). Portugal é um dos três países produtores de alfarroba no mundo, pensa-se que a alfarrobeira terá sido trazida pelos gregos da Ásia Menor. Existem indícios de que os romanos mastigavam as suas vagens secas, muito apreciadas pelo seu sabor adocicado. Como outras, a planta teria sido levada pelos árabes para o Norte de África, Espanha e Portugal. Sendo que o Algarve, é a única região do Pais (salvo pequenas explorações no Baixo Alentejo) produtora de Alfarroba. 

Do fruto da alfarrobeira tudo pode ser aproveitado, sendo a excelência é a semente, donde é extraída a goma, constituída por hidratos de carbono complexos (galactomananos), que têm uma elevada qualidade como espessante, estabilizante, emulsionante e múltiplas utilizações na indústria alimentar, farmacêutica, têxtil e cosmética.

No uso corrente, usa-se a farinha de alfarroba que é o resultado de torrefacção e moagem da polpa da alfarroba. 

Características
A farinha de alfarroba é um excelente substituto do cacau, a grande diferença entre os dois é na quantidade de açúcares e gordura. O cacau possui um alto teor de gordura que chega aos 23%, enquanto a alfarroba apenas 0,7%. Em contrapartida, o cacau possui 5% de açúcar, enquanto a alfarroba fica entre 38% e 45% de açúcares naturais como a sacarose, glicose e frutose. Ao contrário do cacau, a alfarroba não possui elementos alergénios  ou estimulantes como a teobromina e a cafeína.

Vantagens do uso da farinha de alfarroba
  • Baixo índice glicémico, por isso, bem tolerada por diabéticos.
  • Elevado valor nutritivo, contem várias vitaminas, como a B1 esta é importante para o bom funcionamento do sistema nervoso, músculos, coração e melhoria na atitude mental e o raciocínio e, vitamina B2 responsável por extrair energia de gorduras, proteínas e carboidratos no nosso corpo. Contém ainda, cálcio, magnésio e ferro. 
  • Devido à quantidade de fibras naturais, ajuda a melhorar o funcionamento do intestino e a proteger a mucosa do órgão, reduzindo a incidência de diarreias, desordens nutricionais e úlceras. 
  • Ajuda a combater o colesterol alto e os níveis altos de triglicerídeos (o seu poder na redução do colesterol do sangue é o dobro de outras fibras).
  • Não contém glúten, lactose ou cafeína.
  • Possui propriedades antioxidantes, sendo dessa forma eficaz no combate aos radicais livres e às doenças crónico-degenerativas.
Como usar
Em substituição do cacau, em bolos, pães, bolachas, etc.

Onde comprar
Em hipermercados (normalmente na zona dos produtos saudáveis ou sem glúten) e em lojas de produtos naturais. 

Informação nutricional

Quantidade: 100 g de Alfarroba em pó
Energia
368 kcal
Hidratos carbono
85,6 g
Proteína
3,2 g
Lípidos
0,3 g
Fibras
5 g
Sódio
90 mg


E agora, vamos à receita!



Pão de banana, aveia e alfarroba

Ingredientes:

1 chávena de farinha de espelta
1/2 chávena de farinha de aveia
3 colheres de sopa de farinha de alfarroba
1 1/2 colheres de sobremesa de bicarbonato de sódio
1/2 colher de sobremesa de flor de sal
2 ovos ligeiramente batidos
2 bananas maduras esmagadas
1/2 chávena de iogurte grego natural
1/4 chávena de mel
opcional: 50 gr de chocolate negro, 30 gr de nozes picadas, flocos de aveia para polvilhar

Preparação:

Pré-aquecer o forno a 180 ºC, forrar uma forma de bolo inglês com papel vegetal.
Numa taça, juntar as farinhas, o bicarbonato de sódio e o sal, mexer até estar completamente incorporado. Reservar.
Noutra taça, juntar os ovos batidos, as bananas esmagadas, o iogurte e o mel. Mexer bem até obter uma mistura uniforme.
juntar as duas misturas de ingredientes e mexer devagar até incorpar completamente. Juntar o chocolate partido e/ou a mistura de frutos secos e envolver bem na mistura. (opcional)
Deitar o preparado na forma previamente reservada, polvilhar com os flocos de aveia e levar ao forno previamente aquecido durante 40 minutos (ou até o teste do palito resultar num palito limpo).
Retirar do forno e deixar arrefecer na forma durante 10 minutos. Desenformar e deixar arrefecer completamente sobre uma grelha.

(scroll down for english recipe)

{Recipe in english}

Banana, oatmeal and carob bread 

Ingredients:

1 cup spelt flour
1/2 cup oatmeal flour
3 tbsp carob flour
1 1/2 tsp baking soda
1/2 tsp sea salt
2 large eggs, lightly beaten
2 medium, ripe bananas (200 g or 1 cup mashed)
1/2 cup plain greek yogurt
1/4 cup honey
Optional add-ins: 1/2 cup chocolate chips/nuts/etc.


Directions:

Preheat your oven to 180ºC, lightly grease a 9 x 5 (23cm x 13cm) bread pan or line with parchment- bakingsheet.
In a large bowl, combine flours, baking soda, and salt. Stir until well combined and set aside.
Lightly beat the eggs in a medium sized mixing bowl. Add mashed bananas, greek yogurt and honey. Stir until well combined.
Pour the wet ingredients into the dry ingredients and stir gently, including the optional add-ins.
Pour the batter into the loaf pan and bake for 40 minutes, or until a toothpick inserted into the middle comes out clean.
Remove from oven and let cool for about 10 minutes before transferring to a cooling rack to cool completely.


Fontes consultadas:
Mundo da Alfarroba - http://mundodaalfarroba.blogspot.pt/p/alfarroba-e-seus-beneficios.html
Rota Saudável - https://rotasaudavel.com/o-que-e-alfarroba/
Confraria dos gastrónomos do Algarve - http://www.cgalgarve.com/produtos/alfarroba.htm

Espero que gostem!♥

Seguir também em: Facebook | Pinterest | Instagram | Bloglovin

26/06/17

Sobre a mudança e umas panquecas diferentes

Panquecas verdes | Spinach pancakes

Há um ditado português bem verdadeiro e que se adequa perfeitamente ao momento em que vivo atualmente "Quando se fecha uma porta, abre-se uma janela". É com este mote que vos escrevo hoje, porque, para tudo na vida há um momento. Este é um post de regresso, de mudança, de novidades, de começo e recomeço.

As decisões importantes que tomamos ao longo da vida requerem tempo, muita análise, muitas dúvidas, muitas incertezas. Foram assim os meus últimos meses, num impasse e numa dúvida grande, de medo, de incerteza, de vontade de avançar mas com medo de arriscar. Mas... a decisão foi tomada, depois de alguns anos a trabalhar na mesma empresa, com as mesmas rotinas de sempre, as mesmas (e mais) responsabilidades, os mesmos passos e as mesmas situações, decidi mudar, sair e procurar novos desafios e projetos. Com atitude positiva, persistência, força, coragem e com muita vontade de mudar, para a frente é que é o caminho! 

Neste processo de mudança há espaço para me dedicar ao que mais gosto, para estar mais tempo com o meu pequeno, para arrumar aquelas coisas que há tanto tempo que esperavam que alguém tomasse conta e claro, para dar mais atenção ao meu querido blog, à fotografia, aos bolos, às receitas de que mais gosto e que muitas vezes são feitas mas não fotografadas por não haver tempo.

Muitos são os projetos que fervilham na cabeça, muitas são as ideias que estão no papel e que agora pretendem saltar para a execução, devagar, devagarinho vou pondo algumas coisas em prática e arrumando algumas coisas na cabeça. Aqui no blog haverão mudanças, novas rubricas, novos espaços de partilha onde irão aparecer temas que me apaixonam e que pretendo mostrar e partilhar com quem passa por aqui. Convido-vos a passarem mais vezes por cá e deliciarem-se não só com as receitas mas também com tudo o resto!

E como o tema é a mudança, neste post partilho convosco umas panquecas diferentes que fazem parte dos nossos pequenos almoços e lanches, mas que também fazem parte de uma mudança de hábitos alimentares. Estas panquecas não têm farinha de trigo, nem lacticínios nem açúcar, pode-se dizer que são umas panquecas saudáveis e divertidas. Mas sobre a mudança de hábitos alimentares falarei num próximo post.

Cá em casa chamamos-lhes "panquecas shrek", fazem sucesso com o mais pequeno e dão nas vistas quando as leva na lancheira. Será que há por aí mais quem tenha pequenas criaturas que torcem o nariz quando vêem muito verde no prato? Pois por cá, temos. Há que andar sempre a pensar e inovar nas receitas para que os temidos verdes entrem sem grande resistência. Com estas panquecas, come sem se aperceber, gosta e ainda acha engraçado! 

Panquecas verdes | Spinach pancakes

Panquecas verdes (ou shrek)

4 ovos
2 chávenas de espinafres
¼ chávena de leite de coco ou de amêndoa
¼ chávena de farinha de coco
⅓ chávena de farinha de tapioca (usei polvilho doce)
½ chávena de farinha de amêndoa
1 banana madura
1 colher de sopa de mel
1 colher de sopa de vinagre
1 colher de sopa de azeite
1 colher de chá de fermento em pó
1 pitada de flor de sal
Óleo de coco para untar a frigideira

Preparação

Numa taça, colocar os ovos, o leite, o mel, o vinagre e o azeite, misturar bem com a vara de arames.
Noutra taça, colocar as farinhas, o fermento e o sal, misturar bem. Juntar os líquidos com a mistura das farinhas e com a varinha mágica incorporar bem.
Adicionar à mistura, a banana cortada em rodelas e os espinafres, triturar tudo muito bem com a varinha mágica até os espinafres estarem completamente triturados e a mistura atingir uma tonalidade verde.
Aquecer uma frigideira com um pouco de óleo de coco, retirar o excesso com um papel absorvente, deitar na frigideira uma concha de massa, fazendo um circulo com cerca de 7/8 cm de diâmetro, deixar cozinhar durante 2-3 minutos (até se formarem bolhinhas na superfície), virar e cozinhar mais 1-2 minutos. Repetir esta operação até a massa terminar. 
Servir simples ou com doce de morango, mirtilo ou chocolate. 


Panquecas verdes | Spinach pancakes

Notas:

Farinhas: vou variando, em alternativa uso farinha de espelta, trigo serraceno, farinha integral, etc. o que é necessário é manter a consistência. Há varinhas que absorvem mais os líquidos do que outras, por isso é necessário adicionar mais leite ou até mesmo, água, para que se obtenha a consistência pretendida para fazer as panquecas.

Processo de cozedura: para tornar o processo mais rápido, quando coloco a massa na frigideira, tapo a frigideira.

Conservação: normalmente deixo arrefecer e depois coloco numa caixa hermética e vamos comendo durante a semana ao pequeno-almoço ou lanches.

Espero que gostem!♥

Seguir também em: Facebook | Pinterest | Instagram | Bloglovin

29/11/16

Bolachas de aveia e chocolate e um novo livro


Há anos que sigo o blog da Teresa, desde que comecei a interessar-me pelas lides da cozinha e pela blogosfera que há blogs que visito sempre, nem sempre com a regularidade de que gostava, mas sempre que posso vou ver as novidades. Quando vi que a Teresa ia lançar um livro, achei o máximo e que só podia ser bom e com excelentes opções e não me enganei!

O livro está recheado de receitas simples mas encantadoras e que com toda a certeza que fazem com que quem as prova diga que "Estava tudo ótimo!".  A primeira receita que me conquistou de imediato foi a destas bolachas. Já aqui disse que procuro sempre diversificar nos lanches do pequeno e que sempre que posso prefiro o que é feito por mim. Estas bolachas, são perfeitas para os lanches, crocantes e com o toque de chocolate que todos adoramos.

Bolachas de aveia e chocolate
(Adaptado de "Estava tudo óptimo!" de Teresa Rebelo)

Ingredientes (para cerca de 38 a 40 bolachas):

Massa:
170 gr de açúcar amarelo
100 gr de manteiga sem sal à temperatura ambiente
120 gr de farinha sem fermento
80 gr de flocos de aveia triturados grosseiramente
1 ovo
1,5 colher de chá de fermento em pó
1 pitada de flor de sal
1/2 colher de extrato de baunilha
100 gr de chocolate negro cortado em pedaços pequenos (ou pepitas de chocolate)*

Cobertura:
200 gr de chocolate negro para culinária (com 52% de cacau no mínimo)


Preparação:

Pré-aquecer o forno a 180 ºC na função ventilação. Forrar dois tabuleiros de ir ao forno com papel vegetal. Reservar.
Com a batedeira, bater a manteiga com o açúcar até estarem bem ligados. Adicionar o ovo e a baunilha e voltar a bater, em velocidade baixa.
Juntar a farinha aos poucos, batendo entre cada adição. 
Por fim, adicionar os pedaços de chocolate, envolvendo bem na massa.
Fazer bolinhas de massa, de tamanho de brigadeiros e distribuir pelos tabuleiros, estas devem ficar bem separadas entre si para não colarem quando crescerem (coloquei 4 ou 5 em cada fila). A massa fica um pouco húmida, o que faz com que se cole um pouco às mãos, se se humedecer ligeiramente as mãos é mais fácil moldar as bolinhas 
Achatar ligeiramente as bolinhas com indicador para lhes dar o formato de bolachas.
Levar ao forno durante 20/25 minutos ou até começarem a ficar douradinhas nos rebordos. É normal que quando são retiradas do forno ainda estejam um pouco moles no centro, mas depois de arrefecerem vão ficar bastante crocantes.
Colocar as bolachas sobre uma rede e deixar arrefecer completamente. 
Derreter o chocolate em banho maria (ou no micro-ondas), colocá-lo numa taça ou copo alto em que seja possível introduzir as bolachas. Molhar as bolachas no chocolate até meio , colocá-las sobre papel vegetal até que o chocolate seque completamente.
Guardar as bolachas numa caixa hermeticamente fechada. Duram cerca de duas semanas (cá em casa não, porque rapidamente são devoradas).

Espero que gostem!♥
Por cá fazem sucesso e passaram a ser presença assídua na lancheira do mais pequeno, muito mais saudáveis e saborosas que quaisquer bolachinhas de pacote :)

Seguir também em: Facebook | Pinterest | Instagram | Bloglovin

11/10/16

Biscoitos de aveia e maçã... e o começo de uma vida nova


Após um longo período de ausência do blog, regresso com uma receita que faz parte do novo quotidiano cá de casa. Este ano, o mais pequeno da casa entrou no primeiro ciclo, começou a sua vida de estudante a sério. Quem já passou por isto, sabe que é uma grande mudança na vida da criança e dos pais. Mudou de escola, de amigos, de professora e de rotinas. No inicio todos andávamos assim um bocadinho ansiosos e em adaptação, ainda continuamos, mas agora, de forma mais descontraída. É uma aprendizagem, é um desafio novo para ele e para nós. É deslumbrante vê-lo fazer estas novas conquistas, estas novas descobertas, começar a escrever, a ler, a fazer contas, a aprender a gostar de estudar e aprender coisas novas todos os dias. O crescimento é uma coisa linda e dolorosa ao mesmo tempo, ver que a nossa pequena pessoa se está a tornar num menino crescido, conhecedor de tanta coisa e tão independente é maravilhoso, e compensador, mas depois doí devagar por ver o tempo passar tão rápido.

Lamechices à parte, desde que iniciaram as aulas, que tenho tido a preocupação de compor a lancheira com lanches equilibrados e saudáveis ao mesmo tempo saborosos e apelativos. Fazer um lanche com baixo teor de açúcar e gorduras, é um verdadeiro desafio. O meu filho, em regra geral, não é de comer muito, o que por si só já é um entrave para conseguir fazer um lanche adequado, pois bem sei que se mandasse bolachas de chocolate com leite com chocolate, comia tudo! De forma a conseguir-me organizar-me e não fazer lanches iguais durante a semana, compus uma tabela que me ajuda a fazer o lanche diariamente.

Aqui deixo algumas ideias/dicas para se conseguir obter lanches mais equilibrados e saudáveis:
  • Usar pão de cereais ou integrais (feitos em casa ou comprados em padarias, sem ser daqueles congelados que têm imensos aditivos e ingredientes desnecessários)
  • Incluir no lanche, uma peça de fruta, mesmo que pequena. Ou em alternativa, palitos de cenoura ou alguns tomates cherry.
  • Procurar sumos com baixo teor de açúcar, não é fácil mas consegue-se arranjar (observei no hipermercado e optei por aqueles que apresentam menos de 7/8 gr de açúcar por 100 ml, alguns deles não se vendem em pacotes individuais só em pacotes de 1 litro, o que faço é colocar o sumo numa garrafinha pequena, cerca de 150 ml).
  • Usar chá e infusões caseiras ou não (existem algumas opções no hipermercado de tisanas ou chás sem açúcar, passo a publicidade, a marca Pleno tem boas opções)
  • Sempre que possível, dar preferência a bolo, bolachas ou barras caseiras em que conseguimos controlar a quantidade de açúcar e gordura. Quando não é possível, procurar no supermercado as bolachas ou barrinhas com maior teor de cereais e frutos secos.
  • Variar os lanches. Sempre que possível, mandar coisas diferentes, porque eles cansam-se e depois acabam por não comer.

Biscoitos de aveia e maçã
Adaptado de "Nem acredito que é saudável" de Sara Oliveira

Ingredientes:
100 gr de flocos de aveia finos
90 gr de farinha de aveia
30 gr de óleo de coco derretido
1 ovo
125 gr de maça ralada
60 ml de mel
1 colher (de chá) de aroma de baunilha
1 pitada de flor de sal
1 ½ colher (de chá) de canela em pó
½ colher (de chá) de fermento em pó

Preparação
Pré-aquecer o forno a 170 ºC. Preparar dois tabuleiros com folha de papel vegetal. Reservar.
Numa tigela misturar os flocos de aveia, a farinha de aveia, o sal, a canela e o fermento. Numa outra tigela, misturar bem o ovo, o óleo de coco, a baunilha e o mel. A esta mistura, adicionar a maçã ralada, incorporar bem.
Juntar as duas misturas, mexendo bem para que fique completamente incorporada.
Colocar pequenas porções de massa nos tabuleiros, cerca de uma colher de sopa bem cheia, em forma de círculo, calcar ligeiramente para que as bolachas fiquem achatadas. Alinhar as porções de massa nos tabuleiros deixando algum espaço entre cada porção, não é necessário muito pois a massa não cresce muito.
Levar ao forno cerca de 15 minutos ou até os biscoitos começarem a ficar dourados.
Retirar do forno e deixar arrefecer completamento no tabuleiro. Guardar numa caixa hermeticamente fechada.



Algumas notas:
  • Na receita original usa-se geleia de agave, como não tinha em casa, substitui por mel. O agave tem um alto poder adoçante, por isso reduzi um pouco a quantidade quando usei mel. Se preferirem o agave, a quantidade recomendada é 90 ml. Uso mais mel do que agave, embora o índice glicémico do agave seja mais baixo, portante menos calórico, contudo prefiro o mel, porque só uso mel de produção local, não industrializado. O agave por seu lado, embora de origem natural, sofre o que atualmente se assiste com grande parte dos produtos, uma industrialização severa, levando a que as suas propriedades naturais e biológicas se percam na cadeia. As opiniões quanto às suas propriedades benéficas também se dividem muito. Se a sua origem for de facto biológica, então é uma excelente adoçante e uma alternativa mais saudável do que o açúcar ou outros adoçantes. Fica a dica! 
  • O óleo de coco também pode ser substituído por azeite, em regra geral, funciona bem. O sabor é mais forte, por isso, mais notório ao paladar. 
  • Se tiver uma grelha, é preferível usá-la para arrefecer os biscoitos, arrefecem mais depressa e ficam mais crocantes.
Espero que gostem! 
Por cá fazem sucesso e quando enviadas na lancheira, não sobram para contar história!

Seguir também em: Facebook | Pinterest | Instagram | Bloglovin

06/04/16

Muffins vegan de cenoura, laranja e nozes


Sou pela alimentação cuidada e saudável. Num tempo em que abrimos a internet ou qualquer revista e nos deparamos com inúmeros tipos de dieta e de artigos sobre alimentação, o que é que faz bem e o que é que faz mal, uns dizem umas coisas e outras fundamentam veemente outras! Ás tantas a pessoa pensa, mas o que é que se pode ou não comer afinal!

De tudo o que já li, concluo que o é mais correcto e o que devemos seguir é evitar comer comida processada, comer alimentos frescos e de origem conhecida, comer várias vezes por dia, comer com qualidade em vez de quantidade, evitar as gorduras saturadas e os açúcares simples. Tudo coisas simples, fáceis e conhecidas da maior parte das pessoas. 


Depois há a questão dos alimentos inflamatórios, que até há uns anos atrás não se ouvia falar e que agora estão imensamente difundidos, como o caso de tudo o que contem glúten e lactose. É sobre isto que vos quero falar hoje. Eu nunca gostei de leite, na sua forma natural, sempre foi um sacrifício beber leite desde pequena e assim que comecei a ter vontade própria, deixei mesmo de beber. Só consigo beber em galão e em iogurtes. Há uns meses deixei de beber iogurtes, notei muitas diferenças, essencialmente ao nível do funcionamento intestinal. Continuo a ingerir leite em forma de queijo, porque adoro, não como todos os dias, mas de vez em quando como, não sei se me habituaria a não comer queijinho ao fim-de-semana, mas tenho vindo a diminuir esse hábito. 

Quanto ao glutén, a coisa é mais complicada, é caso para dizer, está por todo o lado. Após aconselhamento médico e da minha treinadora do ginásio, devido aos problemas nas articulações, decidi experimentar não ingerir glutén durante algum tempo. Comecei agora a reduzir os alimentos em que ele está presente, posso dizer que não tem corrido mal, tenho pesquisado e experimentado algumas coisas muito interessantes que resultaram em receitas bastante saborosas e nutricionalmente equilibradas. Mas se consigo viver mesmo sem glutén? Não sei, vou tentar, eu gosto muito de fazer bolos e de comer uma bela fatia, gosto muito de uma boa massa, gosto muito de um belo pãozinho, enfim, vamos ver! Admiro as pessoas que conseguem mesmo mudar o seu estilo de vida por completo e fazem disso o seu dia-a-dia. Chegar a esse patamar não vou chegar seguramente, porque há coisas de que gosto que não quero abdicar, mas consigo deixá-las só para os dias de festa e refeições especiais! 


Voltando ao glúten, existem muito boas alternativas à farinha de trigo para usar nos bolinhos que tanto se gosta de fazer aqui por casa. Este fim-de-semana propus alguns programas ao meu pequeno para fazermos os dois, ele escolheu fazer um bolo! Que máximo! Adoro que ele goste de fazer bolos comigo, ele diz que vai ser "chef". Será?

Ora, com um pedido destes e com a ideia de não utilizar ingredientes com glúten, pus-me a pesquisar e descobri estes muffins vegan. Digo-vos, são surpreendentes, cheios de alternativas ao habitual e ao mesmo tempo cheios de sabor! Estes muffins são super fofinhos e ao mesmo tempo crocantes devido ao topping de nozes. A combinação canela com cenoura e laranja dá-lhe um aroma delicioso. 


Muffins vegan de cenoura, laranja e nozes
(Adaptado do blog Cocoon Cooks)

Ingredientes:

Topping de nozes
1/3 chávena de farinha de trigo serraceno
4 colheres de sopa de açúcar mascavado
1/4 colher de chá sal marinho fino
2 colheres de sopa óleo de côco, refrigerado
1/4 chávena nozes picadas


Massa
2 chávenas farinha de trigo serraceno
1/2 chávena açúcar mascavado
2 colheres de chá fermento em pó
1/2 colher de chá bicarbonato de sódio
1 colher de chá canela
1/2 colher de chá noz-moscada
1/4 colher de chá baunilha em pó
1/2 chávena de nozes picadas (+/- 55 gr)
3 ovos de linhaça espessos (3 c. sopa sementes de linhaça trituradas + 6 c. sopa água)
1/3 chávena de azeite )
250 ml. sumo de laranja natural
raspa de 1 laranja
90 gr. cenoura ralada


Preparação:

Topping de nozes

Numa tigela, combinar a farinha, o açúcar e o sal. Juntar o óleo de côco (uma colher de cada vez) e misturar com as mãos até se dissolver por completo e obter uma textura de areia húmida. Juntar as nozes e misturar. Reservar.

Massa

Cortar quadrados de papel vegetal. Preparar uma forma de muffins forrando com os quadrados de papel vegetal.Pré-aquecer o forno a 180 ºC. 

Preparar os ovos de linhaça combinando a linhaça moída e a água numa pequena tigela e deixar repousar durante um mínimo de 5 minutos, enquanto se prepara os restantes ingredientes.

Numa tigela grande, misturar com uma vara de arames todos os ingredientes secos (excepto as nozes). Noutra tigela, misturar o azeite, o sumo e raspa de laranja e a mistura de linhaça. Verter esta mistura sobre os ingredientes secos e envolver com uma colher de pau até obter uma mistura homogénea. 

Ao preparado, acrescentar as nozes e a cenoura ralada pouco a pouco até ficar homogéneo e completamente envolvido. 

Com a medida 1/4 chávena (ou uma concha de sopa), colocar a massa nas formas e cobrir cada uma com uma porção do topping de nozes. Colocar no forno e deixar cozinhar durante 25 minutos, até os muffins estarem dourados e o palito de teste saia seco e limpo.
Retirar do forno, deixar arrefecer um pouco. Retirar da forma e transferir os muffins para uma grelha, deixar arrefecer completamente.


Experimentem, não se vão arrepender!

Seguir também em: Facebook | Pinterest Instagram Bloglovin



14/03/16

Folar folhado em flor (ou rosas)


Já viram bem que a Páscoa está à porta? Ainda ontem começou o ano de 2016 e já estamos quase na Páscoa e Primavera! Quando se diz que o tempo voa, é mesmo verdade!!

Acho que já o disse por aqui, Páscoa para mim sem folar, não é Páscoa! Em boa verdade, podia comer folar todo o ano, adoro a combinação de canela, erva-doce e açúcar!

No Algarve, o folar da Páscoa é doce, com massa de bater e ovo no meio ou folar folhado de Olhão. Nós cá em casa gostamos de ambos. Quando há folar em casa depressa desaparece, uma fatia aqui, outra ali, mais uma passagem pela cozinha e lá vai mais uma fatia, e de repente, desapareceu! 

Há anos já tínhamos feito folares de Olhão, desde então nunca mais havíamos experimentado, principalmente porque é bastante demorado. O ano passado cruzei-me com este folar da Margarida do Figo Lampo e adorei! Assim que me apercebi que a Páscoa estava mesmo aí, decidi de imediato que seria este o folar da Páscoa 2016 cá em casa! 

Espero que gostem tanto como nós!


Ingredientes (para 1 folar):

Massa
560g de farinha sem fermento
25g de fermento fresco
sumo de 1 laranja
75ml de leite morno
120g de manteiga derretida
1/2 cálice de aguardente
3 colheres de sopa de açúcar
1 colher de chá de erva-doce em pó
1 colher de chá de canela
1 ovo
1 pitada de sal

Recheio
+/- 150 gr de manteiga derretida
8 colheres de sopa de mel
+/- 100 gr açúcar amarelo
+/- 3 colheres de sopa de canela em pó
(estas quantidades não são exatas, fui acrescentando durante o processo de enrolar a massa)

Preparação:
Colocar a farinha e o sal num alguidar fundo e abrir uma cavidade no centro. Desfazer o fermento no leite morno e coloca-lo na cavidade feita. Juntar o açúcar, a erva-doce, a canela, a manteiga, o ovo, o sumo de laranja e a aguardente. Misturar a farinha com os líquido, retirando-a das laterais para o centro, amassar muito bem até obter uma massa macia. Cobrir com um pano e deixar levedar até dobrar o volume.



Preparar uma forma redonda, com 22 cm, untar com manteiga e forrar com papel vegetal no fundo e laterais.
Preparar a mistura de açúcar e canela. Retirar a massa para uma superfície enfarinhada e dividi-a em 8 porções com o mesmo peso (as minhas pesavam entre 128 gr e 130 gr).
Esticar uma de cada vez com ajuda do rolo (deverá ficar fina) até obter +/- a forma de rectângulos (aproximadamente 8x24cm). Pincelar com a manteiga derretida, polvilhar abundantemente com a mistura de açúcar amarelo e canela e regar com uma colher de sopa de mel. Enrolar a massa de fora para dentro, dobrando as pontas para dentro, depois enrolar todo o seu comprimento a partir de uma das pontas.
Colocar na forma, começando a dispor pelo centro. Repetir o mesmo procedimento dispondo as restantes porções de massa em redor, deixando um pouco de espaço entre elas para que possam crescer ainda no segundo processo de levedação. Tapar a forma com um pano ou manta e deixar novamente a levedar até que dobre de volume.
Dispor umas nozes de manteiga sobre as rosas de massa, polvilhar com um pouco de açúcar amarelo e canela e leve ao forno pré-aquecido a 190º durante aproximadamente 30-40 minutos. Se o topo começar a queimar cobrir a forma com uma folhar de alumínio.
Retirar do forno, deixar arrefecer completamente na forma e desenforma.

Notas:
Para acelerar o processo de levedação pode pré-aquecer o forno a 100 ºC, desligá-lo e colocar a forma dentro do forno tapada com uma folha de alumínio até que a massa duplique de volume. Fiz este processo na segunda levedação.

Na pesquisa sobre este tipo de folar encontrei também este da Vera do Hoje para Jantar que me levou a este vídeo que exemplifica o processo de enrolamento da massa.



08/03/16

Bolo de clementina


Estava difícil de sair este bolo!! Há semanas que fiz e fotografei este bolo! Adorei as fotos desde logo e o bolo, nem vos digo, é muito bom mesmo! 

O meu pequeno adora clementinas, naqueles dias em que fiz o bolo, haviam muitas clementinas aqui em casa, para bolo de fim-de-semana pensei em usá-las, mas quando comecei a pesquisar sobre um bolo de clementina, encontrava sempre a mesma receita na internet, publicada em diferentes blogs, mas olhava e pensava, duas horas a cozer clementinas, isto ficará alguma coisa de jeito? E ficou mesmo!  

Um bolo muito agradável que se desfaz na boca, é um bolo diferente do habitual, muito leve, sem gluten e muito frutado (doce também!).

Desde então, todos os dias pensava nestas fotos e no facto não ter publicado um bolo de que gostei tanto, acho que ainda consegui publicar antes de acabar a época das clementinas, por isso, corram, apressem-se, experimentem este bolo que não se vão arrepender. 


Bolo de clementina
Receita adaptada do Blog Call Me Cupcake.

Ingredientes:

Bolo
5 clementinas (pequenas)
6 ovos
225 gr de açúcar
250 gr de amêndoa moída
1 colher de chá de fermento em pó

Cobertura
1 1/2 chávena de açúcar em pó
sumo de 2 clementinas (pequenas)


Preparação:

Bolo
Colocar as clementinas numa panela cobertas com água, levar a lume e deixar cozinhar durante cerca de 2 horas. Após este tempo, escorrer a água e deixar as clementinas arrefecerem. Cortar as clementinas ao meio, retirar as pevides e colocar  das clementinas num processador de alimentos (clementinas completas com casca).

Pré-aquecer o forno a 190 ºC e preparar uma forma redonda (usei uma de 20 diâmetro) untando com manteiga ou óleo e forrar com papel vegetal.

Numa batedeira, bater os ovos, adicionar o açúcar, as amêndoas moídas e o fermento, mexer bem. Adicionar o puré de clementina, mexer bem até incorporar completamente. 

Levar ao forno durante 40 a 60 minutos, fazer o teste do palito a partir dos 35 - 40 minutos, se começar a queimar na parte de cima, cobrir com uma folha de papel de alumínio. 

Retirar do forno e deixar arrefecer completamente na forma.

Cobertura
Peneirar o açúcar em pó para taça, adicionar-lhe duas colheres de sopa de sumo de clementina e mexer até obter uma pasta suave. Adicionar mais sumo, se necessário, até obter uma consistência suave.

Cobrir o bolo com esta cobertura e decorar com clementinas. 


Espero que gostem!♥

Seguir também em: Facebook | Pinterest Instagram Bloglovin

11/02/16

Seis anos de Leonardo [e um bolo com muito chocolate]

Seis anos.... Seis anos que passaram num ápice! Parece que foi ontem que éramos só dois e que sonhávamos com o bebé, como é que ele seria, com que se pareceria, etc... e agora já fez seis anos!

Escrevo com dois dias de atraso, porque como sempre, o tempo não estica e entre festas, Carnaval e regresso à rotina após mini-férias de Carnaval, passaram dois dias...

O que é que eu posso dizer sobre estes seis anos e sobre o Leonardo? O que é que eu posso dizer para que ele leia daqui a uns anos?

Posso dizer que ser mãe do Leonardo é melhor que qualquer coisa no mundo, é sentir um amor avassalador por ele desde que ele nasceu e que era tão pequeno e tão dependente, é sentir um amor inexplicável e imensamente profundo que até ao momento o conhecer não sabia que existia este tipo de amor! Posso dizer que tenho aprendido muito enquanto pessoa e tenho aprendido muito com o Leonardo. Posso dizer que ao mesmo tempo que me dá um enorme prazer vê-lo crescer, vê-lo aprender coisas novas, experiências novas, falar como um crescido, doí-me ver que o meu pequenino está a ficar grande e a ganhar asas. Mas é mesmo assim, eles crescem e nós assistimos, ensinamos, acompanhamos, apoiamos, choramos e rimos juntos. E é uma felicidade ver que ele se está a tornar um menino crescido! Quando olho para ele a falar com os amigos ou a falar comigo e com o pai sobre coisas que nos parecem tão "adultas", o meu coração transborda de felicidade.

Posso dizer ainda que o Leonardo é a alegria da nossa casa e da nossa família, é doce, meiguinho, muito sensível, muito atento, falador, sociável mas envergonhado e muito, mas muito querido. É um viajante do mundo, adora estar de férias, passear e ver sítios novos. Como todas as famílias temos os nossos dias menos bons, com birras, caras feias e algumas chatices. Que depois passam e acabam com beijinhos e abracinhos.

Queremos que o nosso Leonardo se torne um adulto fantástico (in filme "O Princepezinho"), porque uma criança fantástica já é!!

E agora vamos ao bolo porque daqui a pouco estou a chorar de emoção! Como não podia deixar de ser, sempre em todos os aniversários, o pedido é o mesmo, bolo de chocolate com chocolate! A receita é longa mas vale a pena ler até ao fim. (só postei uma foto porque com a pressa de irmos para a festa, as fotos não ficaram muito boas.... mas o bolo sim, ficou uma delicia, asseguro-vos!)


Bolo de chocolate com recheio de chocolate e curd de framboesa
(receita adaptada do livro "Lomelino’s Cakes, 27 Pretty Cakes to make any day special” da Linda Lomelino)

Ingredientes
160 gr de farinha
80 gr de chocolate (usei com 55% de cacau)
200 gr de açúcar
1 colher (de sobremesa) de fermento em pó
55 gr de manteiga sem sal
120 ml de buttermilk*
6 colheres (de sopa) de café
1 ovo
*Juntar umas gotas de limão ao leite e colocar em locar aquecido durante 10 a 15 minutos (eu coloquei junto do aquecedor)

Preparação
Pré-aquecer o forno a 180 ºC, preparar duas formas de 18 cm, untá-las com manteiga no fundo e nas laterais e colocar papel vegetal. 
Misturar a farinha com o fermento e o açúcar. 
Derreter o chocolate com a manteiga em banho-maria (usei uma taça sobre uma panela com água a ferver, sempre tendo o cuidado da água não tocar no fundo da taça para não queimar o chocolate). 
Retirar o chocolate do banho-maria quando estiver completamente derretido, juntar-lhe o buttermilk e o café. Mexer bem. Bater previamente o ovo numa taça e vertê-lo na mistura do chocolate, batendo sem parar para que o ovo não coza, caso a mistura ainda esteja quente. 
Envolver a mistura anterior com a mistura dos secos, mexendo até que esteja completamente envolvida e homogénea. 
Distribuir a massa pelas duas formas de forma igual e levar ao forno durante 30 a 35 minutos (fazer o teste do palito). 
Retirar do forno quando a massa estiver cozida, deixar arrefecer cerca de 10 minutos dentro das formas. Desenformar e deixar arrefecer completamente sobre uma grelha.

Notas
A receita apresentada é para ser confeccionada em duas formas de 18 cm. No caso do bolo de aniversário apresentado, a receita foi quadruplicada. A massa foi distribuída por 2 formas de 22 cm e 4 formas de 18 cm.

Recheio de creme de chocolate com mascarpone
(receita adaptada do blog "Migalha Doce")

Ingredientes
200 gr de chocolate (usei com 55% de cacau)
200 gr de natas
200 gr de queijo mascarpone
1 pitada de sal

Preparação
Começar por fazer uma ganache, partir o chocolate em pedaços, colocá-lo numa taça de tamanho médio, temperar com uma pitada de sal. Ferver as natas, retirar do lume e verter sobre o chocolate, mexer continuamente até que o chocolate esteja completamente derretido e envolvido nas natas. Colocar no frigorífico durante 3 horas ou fazer na véspera. 
Retirar a ganache do frio, colocá-la na taça da batedeira e começar a bater lentamente até que esta esteja suave, adicionar aos poucos o mascarpone, sem parar de bater. Bater em velocidade média até que o queijo esteja completamente incorporado e a mistura homogénea e bastante cremosa. 


Recheio de curd de framboesa
(receita adaptada do blog "Coco e Baunilha")

Ingredientes
125 gr de framboesas
1 ovo
75 gr de açúcar
30 ml de natas
70 gr de manteiga sem sal
5 gr de amido de milho (Maizena)
1/2 folha de gelatina incolor

Preparação
Começar por demolhar a gelatina em água fria. Num tacho, bater o ovo com o açúcar e o amido de milho até obter uma mistura homogénea. Juntar as framboesas e as natas à mistura anterior e levar ao lume, mexendo sempre até ferver e obter um creme ligeiramente espesso. Juntar a manteiga e mexer bem.
Retirar o creme do lume, espremer a gelatina e juntar de imediato ao creme quente, mexendo vigorosamente até que a gelatina se dissolva por completo. Colocar o creme no liquidificador ou passar com a varinha mágica de forma a obter um creme mais liso e sem grainhas. Deixar arrefecer e colocar no frigorífico até usar. (pode ser mantido no frigorífico até duas semanas).

Notas:
Dupliquei a receita, a quantidade foi suficiente para duas camadas de recheio deste bolo, mais uma camada de um bolo com 22 cm e sobrou cerca de metade (para mais bolos ou comer à colherada!).


Cobertura Buttercream de chocolate

Ingredientes
3 claras de ovo
1 cup de açúcar branco
225 gr de manteiga sem sal à temperatura ambiente
110 gr de chocolate (usei com 55% de cacau)

Preparação
Colocar as claras com o açúcar numa taça larga (usei directamente na taça da batedeira porque é de inox). Levar a lume, uma panela com um pouco de água, quando estiver a ferver, colocar a taça com a mistura das claras sobre a panela, tendo o cuidado da taça não tocar na água a ferver. Manter em lume médio, mexendo sempre a mistura das claras com uma vara de arames até que o açúcar se dissolva por completo.
Retirar a taça do lume e colocá-la de imediato na batedeira, bater com a vara pinha até obter um creme (merengue) brilhante e completamente arrefecido.
Entretanto, derreter o chocolate em banho-maria ou no micro-ondas. Reservar.
Adicionar a manteiga, pouco a pouco, sem deixar de bater, em velocidade média. Continuar a bater, aumentando gradualmente a velocidade da batedeira, até obter um creme bem liso. Pode acontecer a mistura parecer talhada, continuar a bater, até voltar a obter uma mistura homogénea.
Por fim, adicionar o chocolate derretido e ligeiramente arrefecido, continuando sempre a bater em velocidade média.

Notas
Para arrefecer mais rapidamente, cerca de 10/15 minutos antes de começar a fazer o buttercream, coloco um pano de cozinha húmido no congelador. Quando transfiro a mistura de claras e açúcar para a batedeira, coloco o pano em volta da taça.

O buttercream pode ser feito com algum tempo de antecedência, pode ser guardado no frigorífico dentro de uma caixa hermética até duas semanas. Quando for necessário usar, basta retirar do frio, cerca de 30 minutos antes de usar e voltar a bater na batedeira até que se obtenha um creme liso.

Esta quantidade deu para cobrir um bolo com 22 cm de diâmetro e o outro com 18 cm de diâmetro.


Cacos de chocolate
(receita adaptada do blog "Migalha Doce")

Ingredientes
160 gr de chocolate em pedaços

Preparação
Derreter o chocolate em banho-maria (colocar uma taça sobre uma panela com água a ferver, com o cuidado da taça não tocar na água). 
Preparar duas folhas de papel vegetal, do mesmo tamanho, cerca de 50cm x 40cm. Verter o chocolate sobre uma das folhas, espalhar com uma espátula, até formar uma camada com cerca de 3 a 5 mm. Cobrir com a outra folha de papel vegetal, enrolar e levar ao frigorífico durante 30 minutos. 
Retirar do frio, desenrolar, retirar a folha de cima e destacar os cacos de chocolate com cuidado. 


Montagem 

Retirar os topos dos bolos de forma a nivelá-los. Dividir cada bolo em duas partes iguais.
Colocar um pouco de buttercream num um saco de pasteleiro, com bico redondo, e colocar um fio de buttercream na extremidade da primeira camada. Este processo serve para que o recheio não se misture com o recheio, uma vez que estes são diferentes. Colocar uma colher bem cheia de recheio de chocolate, à altura do fio do buttercream, espalhar bem o recheio. Repetir o processo com o recheio de curd de framboesa e assim sucessivamente até terminar as camadas de bolo. Colocar umas estacas de palito de espetada para que este suporte o bolo de cima (cerca de 4 a 6).
Cobrir todo o bolo de baixo com buttercream, numa camada fina. Levar ao frio durante +/- 20 minutos.
Retirar do frio e espalhar nova camada de buttercream, alisando com uma espátula de metal até ficar com o acabamento pretendido.
Repetir o mesmo processo com o bolo de cima. Depois de concluída a cobertura, colocar o bolo mais pequeno sobre o bolo maior.
Colocar os cacos de chocolate em redor do bolo debaixo.
Decorar a gosto, neste caso, usei bolachas oreo trituradas para fazer de "terra" e animais brinquedo.


Espero que gostem!♥

Seguir também em: Facebook | Pinterest | Instagram | Bloglovin